Macabra visão, A dos amores perdidos! Faço de cemitério, o coração. Escravo do amor, Daqueles já sentidos Mas do presente, o maior! Alma sobrevivente Em corpo derrotado, Na guerra de ser amado E em tua vida ser gente! Imagens vividas, No espírito pintadas, Com melodias fragilizadas, De lágrimas caídas.
Eu e tu... Sem ti sinto-me nu; Contigo, nu me sinto... Transparente! Como que o "nós" Fosse algo de sempre, Um sonho, Continuo e permanente, Adormecido e não esquecido, Concedido sem ser pedido... Perdidos mas encontrados, Num único trilho, Não sós Mas acompanhados... Apaixonados!
Aconchego O meu olhar no teu. Inclino a cabeça E adormeço no beijar. Mas não é no adormecer... A magia?!... É no acordar! É a mesma beleza, É o mesmo pasmar! É ter ainda mais a certeza Que continuarei teu, Depois, ao acordar...
Ouvir o vento de fugida, Numa corrida doida atrás de mim... Me enche as asas, Me oferece o sonho de fazer parte de si! Lhe sussurro as palavras, Daquelas, que sempre ouvi, Que escutei dele mesmo, Quando a chamar por mim!
Queria voar. Queria ser borboleta; Uma, daquelas, bem coloridas! Mas para voar Teria que ter asas! Não poderia voar sem asas; Nem poderia voar com elas a meio! Teriam de ser bem grandes, Para poder voar; Mas terei que esperar... e o céu terá que esperar por mim.