domingo, 15 de dezembro de 2013 0 comentários

Pousei em Ti...

Pousei em ti
Como ave no seu ninho;
Pousei em ti,
Muito de mansinho,
Tal como a noite cai
E a lua sai,
De braços estendidos
Para um abraço.

Não fujas, não!
Minha nau de segredos!
Leva-me, navega-me
Através dos meus medos.
Embala-me no olhar
Do teu espírito
De janela fechada,
Mas para amar,
Aberta, revelada.
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Que desejo tenho eu, de o teu corpo seja terra,
E eu seja semente lançada a ela.
domingo, 8 de dezembro de 2013 0 comentários

Outono

Outono das folhas de oiro caídas
Embalando as árvores nuas,
Na sua morfologia esplendorosa
Do seu corpo de mulher;

Escondendo-se
Na sua insignificância,
Para quem nunca as olhou! 
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Olhar-te...

Olhar-te nos olhos...
Não sentir que sou gente.
Ver-te na minha tristeza,
No contentamento que me mente,
Que me engana,
Na beleza da tua ignorância
De saber que o meu ser te ama!
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Já Não Estou...

Já não estou só,
Nem faço parte das coisas.
Terno caminho,
De terra  "batida em castelo",
Onde as pedras tristes
Gritam seus "ais" de alegria
Quando por elas passo.

Já não brinco
E nunca mais brincarei.
De qualquer corpo
Me desprendo, prendendo
Nas mais simples batidas
De um coração ao compasso
De um relógio de bolso.

Quando desejei existir,
Fiquei vivo com um livro.
Pergunto-me: se este poema,
De palavras desacompanhadas ,
É o resultado de uma solidão caprichosa
Em que o desencanto se apoderou de mim
ou uma inútil fuga à vida dos outros.

Dedicado a Vicência!
 
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